A águia empurrou gentilmente seus filhotes
para a beirada do ninho.
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes,
ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes
a seus insistentes cutucões.
Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?
Pensou ela. O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.
Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.
E se justamente agora isto não funcionar?
Ela pensou.
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.
Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final:
o empurrão.
A águia encheu-se de coragem.
Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não
haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão
o privilégio que é nascer águia.
O empurrão era o menor presente que ela podia oferecer-lhes.
Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um, ela os precipitou para o abismo.
E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia.
São elas que nos empurram para o abismo.
E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias,
que nos fazem descobrir que temos "asas para voar".
Desconhecido a autoria
Enviado por Flávio Jr - Go
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