7 de mai. de 2009

AS PENEIRAS DA SABEDORIA

(Uma lenda)

Meia-noite em ponto!
Mais uma jornada na construção do Templo terminara.

Cansado por mais um dia, Mestre Hiram recostou-se sob o frescor do
Ébano para o tão merecido descanso. Eis que, subindo em sua direção,
aproxima-se seu Mestre Construtor predileto, que lhe diz:

– Mestre Hiram... Vou lhe contar o que disseram do segundo Mestre Construtor...

Hiram com sua infinita sabedoria responde:

– Calma, meu Mestre predileto...

Antes de me contares algo que possa ter relevância, já fizeste passar a informação pelas "Três Peneiras da Sabedoria?".

– Peneiras da Sabedoria??? Não me foram mostradas, respondeu o predileto!

– Sim... Meu Mestre! Só não te ensinei, porque não era chegado o momento;

porém, escuta-me com atenção: tudo quanto te disserem de outrem, passe antes

pelas peneiras da sabedoria e na primeira, que é a da VERDADE, eu te pergunto:

– Tens certeza de que o que te contaram é realmente a verdade?

Meio sem jeito o Mestre respondeu:

– Bom, não tenho certeza realmente, só sei que me contaram...

Hiram continua:

– Então, se não tens certeza, a informação vazou pelos furos
da primeira peneira e repousa na segunda, que é a peneira da BONDADE. E eu te pergunto:

– É alguma coisa que gostarias que dissessem de ti?

– De maneira alguma Mestre Hiram... Claro que não!

– Então a tua estória acaba de passar pelos furos da segunda

peneira e caiu nas cruzetas da terceira e última; e te faço a derradeira pergunta:

– Achas mesmo necessário passar adiante essa estória sobre teu Irmão e Companheiro?

– Realmente Mestre Hiram, pensando com a luz da razão, não há necessidade...

– Então ela acaba de vazar os furos da terceira peneira, perdendo-se na imensa terra. Não sobrou nada para contar.

– Entendi poderoso Mestre Hiram. Doravante somente e boas palavras terão caminho em minha boca.

– És agora um Mestre completo. Volta a teu povo e constrói teus Templos, pois terminaste teu aprendizado.

Porém, lembra-te sempre:

as abelhas, construtoras do Grande Arquiteto do Universo, nas imundícies dos charcos, buscam apenas flores para suas laboriosas obras,

enquanto as nojentas moscas, buscam em corpos sadios as chagas e feridas para se manterem vivas...!

(( Autor desconhecido ))
Enviado ao JB Mineirim pelo Luidi10
em 06/05/2009.

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