21 de jan. de 2012

A coragem de voar


  A águia empurra gentilmente seus filhos para a beira do ninho. 
Seu coração maternal se acelera com as emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que ela sente a resistência dos filhotes aos seus persistentes cutucões: "Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?", ela pensou.

Esta questão secular ainda não estava respondida para ela... Como manda a tradição da espécie, o ninho estava localizado bem no alto de um pico rochoso, nas fendas protetoras de um dos lados da rocha.

Abaixo dele, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.
"E se justamente agora isto não funcionasse?" ela pensou.
            Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.

Sua missão maternal estava prestes a se completar.
Restava ainda uma tarefa... O empurrão.

A águia tomou-se da coragem que vinha de sua sabedoria interior.
Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas, não haverá propósito para sua vida.

Enquanto eles não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer uma águia.

O empurrão era o maior presente que ela podia oferecer-lhes.
Era seu supremo ato de amor.
E então, um a um, ela os precipitou para o abismo...

E eles voaram!

( Desconhecido a autoria )

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