(((Sobre velhos idosos mendigando nas ruas... )))
Eu ainda era solteira e morava com meus pais.
Lembro-me que um dia, voltando para casa no horário de almoço, cheguei comentando e meio que reclamando que um homem idoso, um velho, abordou-me na rua pedindo esmola. Acontece que o cheiro de bebida alcóolica era mais que perceptível e, achando um absurdo aquilo, neguei-me a atender tal pedido.
Então, meu pai esperou que eu terminasse de falar e quis confirmar parte do que disse:
_ Era mesmo um velho, minha filha, quem te pediu esmola?
_ Aham, era sim pai!
_ Ora minha filha, quando um velho lhe pedir ajuda, não queira saber o porquê. Mesmo que seja para ele encher a cara de bebida, dê o que puder, o que quiser. É tão triste tornar-se um velho, especialmente se ele for um velho abandonado, que estará prestando um favor a ele.
Eu entendi bem o que meu pai quis me dizer com aquilo.
Hoje já não o tenho. Ele tornou-se um velho, a doença tomou conta dele e o tirou de nós.
A conversa daquele dia ficou guardada em meus pensamentos e é uma das lições de vida que apreendi.
Dia desses, um velho num banco na rua, estendeu as mãos pedindo ajuda. Passei direto, andei alguns passos adiante e parei, lembrando-me daquela conversa com meu pai.
Abri a bolsa, colhi as moedas que tinha e pedi ao meu filho:
_ Vai lá filho, dá essas moedas pra ajudar aquele velhinho.
Meu filho voltou dizendo:
_ É por causa daquela conversa que você teve com o seu pai, né mãe?
_ É, filho, é sim!
Fonte deste - Asas do Sentimento
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