4 de dez. de 2011

A FORMIGA


Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha.


A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.


A formiga a carregava com sacrifício.


Ora a arrastava, ora tinha sobre a cabeça.


Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga.


Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa.


Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.


Foi quando pensei: "Até que enfim ela terminou seu empreendimento".


Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.


A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então entrar sozinha.


Foi aí que dissem a mim mesmo: "Coitada, tanto sacrifício para nada."


Lembrei-me ainda do ditado popular: "Nadou, nadou e morreu na praia."


Mas a pequena formiga me surpreendeu.


Do buraco saíram outras formigas, que começaram a corta a folha em pequenos pedaços.


Elas pareciam alegres na tarefa.


Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.


Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências.


Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?


Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.


Invejei a força daquela formiguinha


Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor:


Que me desse à tenacidade daquela formiga, para "carregar" as dificuldades do dia-a-dia.


Que me desse à perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.


Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais.


Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.


Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo; mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.


A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.


Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecido em minha caminhada.


Autor desconhecido


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