São eles: O Dedo-duro,
o Fofoqueiro
e o
Puxa-saco.
o Fofoqueiro
e o
Puxa-saco.
Conhecê-los todos
conhecem, entretanto, o importante é saber por que pessoas que muitas vezes são
pais e mães, zelosos e carinhosos, pessoas que de certa forma tem uma conduta
normal dentro da sociedade e não poderiam nunca ser classificadas como
desonestas, algumas vezes se tornam pessoas vis e maldosas. Quem dentre nós não
omitiu uma vilania, por menor que seja quando criança na escola?
Talvez muitos pais ou mães
desavisados tenham reforçado estes comportamentos dando ouvidos a esses tipos
de atitudes e muitas vezes valorizando comentários, ao invés de reprová-los.
-
“Não fui eu
professor! Foi o... ” ou
-
“Mãe! Eu vi a
vizinha com... ” ou
-
“Pai! Você é o
máximo! É meu herói!”.
O problema não são
os dedo-duros, os fofoqueiros e os puxa-sacos, mas sim aqueles que dão ouvidos,
ou ainda pior, os que fazem uso dessas fraquezas. Pessoas que alimentam e se servem desses
desvios, possuem problemas ainda maiores de caráter que esses pobres infelizes.
Vamos em primeiro
lugar, analisar o comportamento do chamado Dedo-duro: A quem chamamos de
dedo-duro?
a) Aquele que discordando de
nós (grupo de pessoas) diz que não vai compactuar com nossa opinião ou atitude
e irá relatar o sucedido?
b) Aquele que se dizendo do
nosso lado, no instante crítico passa para o outro lado e entrega todos?
Existem diferenças
fundamentais entre as duas situações. Na primeira, o indivíduo muitas vezes
está no cumprimento de sua função. Ex.: Um técnico em segurança quer qualidade.
Quando observa algo irregular ele informa e relata a irregularidade. (...)Podem
existir aqueles que pertencem ao grupo dos fingidos em concordar com suas
idéias, faz o triste papel de leva e trás. É o famoso “pombo correio”, quer
ganhar prestígio e espaço achando que será reconhecido e valorizado pela sua
subserviência e “fidelidade” canina. Não será! Pois quem utiliza os serviços
desse tipo de pessoa, jamais confiará nela, sabendo que amanhã poderá estar suscito
a mesma situação. Aliás, quem se utiliza desses serviços é tão incompetente
quanto e, muito pior caráter do que o próprio. Como
lidar com o dedo-duro: Como gestor: Simplesmente não aceitar suas informações,
não dar ouvidos. Quando for necessário, chamar os envolvidos na presença do
dedo-duro e dizer: “Fiquei sabendo através de seu colega e tal..” . Não deixe
dúvidas que você gestor não quer, não concorda e não aceita esta prática em sua
equipe. Que os canais estão abertos para todos colocarem suas opiniões
livremente. Garanta a liberdade de expressão. Os dedos-duros são comuns quando
a comunicação entre o gestor e a equipe é ruim, onde existe medo de se falar o
que se pensa, onde existem “igrejinhas e feudos”.
Como colega ou parceiro aconselhe seu colega que este não é o
melhor caminho pois, fará com que perca a confiança e a estima de seus
companheiros e isto será prejudicial para sua carreira.
O fofoqueiro: é o
primo pobre do dedo-duro, pois apesar de causar desarmonia e intriga, seus
efeitos são em sua maioria superficiais. Porém, às vezes podem provocar graves
distúrbios na vida das pessoas, dependendo do IMC do fofoqueiro (índice de
maldade no coração). O Fofoqueiro geralmente é um invejoso, um frustrado que
desejando estar no lugar de determinada pessoa e não tendo condições ou
competência para tal, utiliza o recurso vil de inventar algo que desvalorize ou
diminua o valor da pessoa e de seu trabalho.
Comentários como:
“Ele foi escolhido porque é peixinho do chefe! Se eu tivesse o que ela tem, também
seria promovido.” São exemplos de fofocas maldosas. Existe o fofoqueiro
terrorista que gosta de levar pânico aos colegas. Ex.: “Vocês sabem da última?
A empresa vai reduzir 30% do quadro” ou, “Estamos sendo comprados e nossa área
será dispensada.”. Esses comentários provocam desmotivação e desconfiança em
toda empresa.
Antigamente
chamavam isso de “rádio peão”. E alguns gestores até valorizavam a rádio peão
utilizando-a como transmissora de notícias que a empresa tinha interesse. Isto
apenas provava que os canais de comunicação da empresa estavam com problemas e
que seus gestores não tinham o hábito de conversar com seus colaboradores.
Algumas empresas que não praticam a transparência são verdadeiros ninhos de
fofoqueiros. Uma receita para acabar com fofoqueiros: Quando um fofoqueiro lhe
abordar diga a ele que você irá chamar a pessoa envolvida para ele dizer
diretamente a ela o que está comentando. Desta forma o fofoqueiro nunca mais
irá procurá-lo para fazer fofoca. Moral da Estória: pior que o fofoqueiro é
quem dá seguimento à fofoca.
Gestores que dão
ouvidos a fofocas não possuem uma boa relação com a sua equipe, não
conquistaram a confiança de seu grupo. Os gestores devem dar exemplos de
transparência e nunca aceitar que um colega faça fofoca do outro. Quando um
colaborador vier com o papo: “Sabe Chefe, eu não queria falar mas me
disseram...”. O gestor deve por um ponto final dizendo que é melhor falar na
presença da pessoa.
Não fala de, fale
para.
Grupos maduros e
integrados falam abertamente todos os assuntos que prejudicam os trabalhos e as
relações. Resolvem os assuntos sem mágoas, resistências e suscetibilidade.
Recado: Não colabore com fofoqueiros!
Terceiro Cavaleiro
– Puxa-Saco.
Definição: É
aquele individuo quem tem uma auto-estima tão baixa que acredita que só será
visto e reconhecido sendo subserviente e submisso. O Puxa-Saco anula seu ego em
detrimento do outro, nunca tem opinião própria e se tem jamais a expressa.
Está sempre atento ao que os outros (Chefes) dizem para apoiar e reforçar.
No desejo de agradar abre mão dos seus escrúpulos e se submete algumas vezes a
fazer um papel vil se omitindo ou sendo coniventes com ações e atitudes do seu
superior, que são desonestas e condenáveis. Porém, atire a primeira pedra quem
em alguns momentos já não fez o papel de Puxa-Saco. Ex.: “Ótima idéia Chefe!
Isto resolve o problema.”.
São atitudes de
agrado e de estímulo sem grandes conseqüências, mas que mesmo assim não ajudam
a ninguém. O ideal é sempre que possível dar um feedback adequado para que a
pessoa possa evoluir. O elogio é necessário e importante, mas deve ser sempre
sincero. Os Puxa-Sacos são os carrapatos do poder. O poder quando mal
administrado gera medo e as pessoas tendem a dizer somente aquilo que é
esperado e desejado. Os gestores autoritários são o habitat onde se instalam os
Puxa-Sacos, você pode notar que quando um autoritário chega no poder ele anda
sempre acompanhado por um bando que fazem o papel de “leão de chácara ou de
claque”, aplaudindo toda e qualquer atitude do chefe, mesmo aquelas que são
pouco recomendáveis.
Um gestor
consciente e competente gosta e incentiva a sua equipe a polemizar e expor suas
idéias, mesmo aquelas que são totalmente contrárias a sua opinião. Um bom
gestor não faz retaliação quando sua opinião é vencida, fica feliz ao observar
o crescimento do seu grupo em qualquer nível. O perigoso da presença destes
cavaleiros na empresa é que eles provocam conflitos, geram desavenças, promovem
a desmotivação e o descrédito, acarretando problemas para a empresa em todas as
instâncias e conseqüentemente prejuízo. Não somos pagos para exibicionismo e
poder, desfilar vaidades ou incensar egos, mas para produzir crescimento e
resultados positivos.
Portanto, para
reduzir a incidência desses personagens em sua empresa (acabar nunca acabará)
não compactue, não se omita, não seja conivente e não alimente nenhum deles.
Seja verdadeiro sempre, às vezes custa caro, mas sempre compensa.
Flávio Souzedo
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